Roubo de passwords e de códigos de cartões de crédito aumentaram dez por cento Os crimes informáticos, incluindo cópia de software protegido e roubo de passwords e de códigos de cartões de crédito, aumentaram dez por cento em Portugal no último ano, disse hoje à Agência Lusa um responsável da PJ.
O inspector Baltazar Rodrigues, da divisão de combate ao crime informático da Polícia Judiciária (PJ), é um dos investigadores que participam quinta-feira num debate sobre o tema no Instituto Superior Técnico (IST), com a presença de vários especialistas em tecnologias da informação.
Baltazar Rodrigues referiu que Portugal, como qualquer país ocidentalizado, está na "crista da onda" relativamente a este tipo de crime, sendo que todos os crimes informáticos verificados nos Estados Unidos, Europa e América Latina também são praticados em território nacional.
Embora os crimes de "alta tecnologia" sejam ainda considerados uma novidade, dados estatísticos indicam um crescimento acentuado em Portugal, onde tem "forte expressão" a cópia ilegal de software protegido e o "acesso ilegítimo".
Quanto ao roubo dos códigos de cartões de crédito, o mesmo responsável admitiu que muitos destes casos são praticados por cidadãos estrangeiros que actuam em território português.
Dizendo que os crimes informáticos "não são de investigação fácil", Baltazar Rodrigues reconheceu que "os meios nunca são os suficientes", mas "vão chegando" para as solicitações.
Quanto à moldura penal prevista para este tipo de crimes, realçou que Portugal está a aplicar sanções idênticas ao resto da Europa, onde se tem procurado a uniformização de procedimentos.
Os crimes informáticos são uma realidade da nova era digital e expressam-se das mais diferentes formas, sendo o tema forte da discussão marcada para quinta-feira, no âmbito da XII Semana Informática, organizada pelo IST.
Além dos debates, há uma exposição de tecnologia informática e sessões técnicas com a presença de representantes de algumas empresas do mercado faz tecnologias da informação, como a Toshiba, Microsoft e Oracle.
in Jornal de Notícias - 09/Março/2005